segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sherlock Holmes de Guy Ritchie une pancadaria e dedução




Nas mãos de Guy Ritchie, Sherlock Holmes transformou-se em um personagem de filme de ...Guy Ritchie.
O diretor inglês apropriou-se do famoso e sisudo detetive ao seu estilo bem pessoal, consagrado em filmes como Snatch, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Rock´n´Rolla: a Londres dos becos e do submundo com seus tipos e atividades ilícitas, à margem do mundo oficial; muita ação e pancadaria, sequencias em câmera lenta e imagem congelada.
É um Sherlock com habilidades marciais e gosto pela briga, enroscado em uma ladra do submundo e quase sempre salvo pelas intervenções do médico e assistente Watson. Um pouco distante daquela imagem consagrada pelos romances de Conan Doyle, o que poderá chocar os leitores mais radicais.
Esta operação revela um upgrade no velho Holmes, que de outro modo, mais fiel às suas origens literárias, com seu assombroso poder de dedução, soaria um pouco ancrônico às platéias juvenis, alvo do grosso da produção contemporânea.
É um filme muito divertido, sobretudo na exploração da intimidade entre Holmes e Watson e no desespero que o famoso detetive revela perante a possibilidade de perder seu companheiro para a noiva do médico. É uma amizade com seus altos e baixos, como todas as grandes amizades, nutrida por uma dependecnia nao assumida da parte de Holmes e por uma admiração por parte de Watson (que não está totalmente seguro de sua opção pela monotonia de uma casamento ocupando o lugar das agitadas investigações com Holmes).

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