Inteligência de Ator
Uma abordagem prática da comunicação cênica, a partir da interpretação de textos cômicos e dramáticos. Desenvolver, através de exercícios de preparo e textos curtos, a verdade, a clareza e a precisão na interpretação cênica, cultivando a escolha crítica e as possibilidades criativas para construção da interpretação e da personagem.
Ministrante: Fernando Klug / PR
Ator, diretor teatral, professor de teatro e locutor. Graduado em Direção Teatral pela FAP-PR. Em 26 anos de carreira, atuou em peças e filmes, criou e dirigiu núcleos teatrais, dirigindo mais de 60 espetáculos. Ministrou cursos livres junto aos teatros Novelas Curitibanas, Cleon-Jacques, Cia do Abração e Barracão Encena, entre outros. Foi jurado do Troféu Gralha Azul e colabora com o Jornal do Estado, em Curitiba.
Número de vagas: 20
Data: de 7 a 11 de julho e 2008
Horário: das 14h00 às 18h00
Material do aluno: material para anotação; roupa confortável, estilo moleton; sapatilha (é possível fazer descalço); um lençol; uma bolinha macia (de borracha ou de tênis); água para consumo próprio.
Taxa de inscrição: R$ 35,00
A oficina abordará, como aquecimento, algumas técnicas que relacionam corpo, mente, emoção e voz. Extraídas ou influenciadas pela bioenergia, biodança, clown, giberisch, teoria grotowskiana e pela experiência pessoal do professor, poderão ser utilizadas pelos alunos após o curso.
O objetivo da oficina é despertar os alunos para:
- a percepção da natureza do Teatro e do fenômeno da interpretação, tomado aqui como "o que acontece quando alguém conduz outro alguém pelo caminho da ficção".
- a importância da dramaturgia do ator, ou seja, a parceria necessária deste com o autor.
É um curso para atores. Muito mais prático que teórico. Baseado no uso da palavra (texto escrito como ponto de partida). Não há tempo, infelizmente, para abordarmos a criação teatral via corpo, via subjetividade, nem a criação via improvisação. Os alunos escolherão alguns textos enviados, que deverão ser estudados e decorados.
Neste trabalho, conceitos como "respirar", "integrar", "verdade", fé" se integram com as idéias de "consciência", "sentir/dentro -ver/fora", "conduzir a personagem", "conduzir o espectador". Da consciência, passa-se a expressão. Consciência gera responsabilidade. Influências de Stanislavski, Brecht e Boal.
Inevitável abrir espaço para a descoberta pessoal (espaço interno). Afinal, saber como somos é fundamento constante. Mas pelo ator já ter, pela natureza de sua procura, boa dose de egocentrismo, a oficina enfocará exercícios de investigação do outro (do autor, do outro ator, do personagem... do espectador). Afinal, do ponto de vista do público, é sempre o outro (o personagem), e não nós, os atores, quem mais interessa.
Interpretar pode ser visto como construir ficção para apontar para a realidade. Ato de manipulação e ato de generosidade. Aqui, o ator é um criador: tem o prazer de descobrir, de testar, em lugar da obrigação de corresponder.
Consciência, entendimento e exercício constante, porém, são as raízes de todas as técnicas.
Apesar de jogos e exercicios de relacionamento e auto-conhecimento, a oficina é trabalho mais individual que coletivo. E exigirá certo grau de dedicação. Gostarei de ter, na sala, pessoas que queiram contribuir, generosamente, para o crescimento coletivo.
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