quinta-feira, 5 de junho de 2008
Longe Dela - drama sobre Alzheimer
Longe Dela (Away from her) é um drama que consegue transmitir, com rara sensibilidade, a sensação de vazio que toma conta de uma pessoa com mal de Alzheimer e de quem está próximo dela.
O filme acompanha o lento e doloroso processo no qual a doença vai se instaurando na vida do casal formado por Fiona (Julie Christie) e Grant. (Gordon Pinsent). O filme trata do como a doença torna-se um vazio que afeta Fiona e o casamento de 44 anos com seu marido.
A própria estrutura do filme, costurada com avanços e recuos, pulando de um passado mais distante para um mais recente, de certa forma é uma metáfora da doença, do vazio. É como se arquivos interios fossem delatados da mente de Fiona, deixando apenas brancos - destacos pelos planos da neve em torno do chalé onde o casal se refugia antes dela ser internada.
A opção da jovem roteirista e diretora estreante Sarah Polley (atriz em Minha Vida sem Mim e A Vida Secreta das Palavras) foi de contar um drama sem necessariamente ser dramática. Seco e direto em alguns momentos, o filme confere aos silêncios e aos olhares dos atores a tarefa de expressar um desespero resignado perante uma vida que vai sumindo aos poucos.
Marido e mulher precisam encarar de frente que os pedaços das memórias de suas vidas vão se perdendo. Lágrimas, neste caso, não seriam suficientes. Resta o amor resignado e honesto, livre, depurado de qualquer pecado.
Em meio a uma enxurrada de títulos-pipoca, direcionados para o público juvenil, com mil efeitos e luzes e bichos criados em computador, é corajosa esta aposta em um filme com dois atores já na casa dos 60, 70. É um cinema que fala ao coração, com as palavras bem dosadas, interpretações impecáveis e uma direção honesta e segura. Vale ver.
O filme acompanha o lento e doloroso processo no qual a doença vai se instaurando na vida do casal formado por Fiona (Julie Christie) e Grant. (Gordon Pinsent). O filme trata do como a doença torna-se um vazio que afeta Fiona e o casamento de 44 anos com seu marido.
A própria estrutura do filme, costurada com avanços e recuos, pulando de um passado mais distante para um mais recente, de certa forma é uma metáfora da doença, do vazio. É como se arquivos interios fossem delatados da mente de Fiona, deixando apenas brancos - destacos pelos planos da neve em torno do chalé onde o casal se refugia antes dela ser internada.
A opção da jovem roteirista e diretora estreante Sarah Polley (atriz em Minha Vida sem Mim e A Vida Secreta das Palavras) foi de contar um drama sem necessariamente ser dramática. Seco e direto em alguns momentos, o filme confere aos silêncios e aos olhares dos atores a tarefa de expressar um desespero resignado perante uma vida que vai sumindo aos poucos.
Marido e mulher precisam encarar de frente que os pedaços das memórias de suas vidas vão se perdendo. Lágrimas, neste caso, não seriam suficientes. Resta o amor resignado e honesto, livre, depurado de qualquer pecado.
Em meio a uma enxurrada de títulos-pipoca, direcionados para o público juvenil, com mil efeitos e luzes e bichos criados em computador, é corajosa esta aposta em um filme com dois atores já na casa dos 60, 70. É um cinema que fala ao coração, com as palavras bem dosadas, interpretações impecáveis e uma direção honesta e segura. Vale ver.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário