segunda-feira, 8 de março de 2010
Uma mulher leva o oscar de direção: e daí?
Agora sobre as premiações deste ano.
Soltaram foguetes quando Kathryn Bigelow levou o Oscar de direção. Foi a primeira mulher a ganhar a categoria. Ela é uma cineasta talentosa, que domina os códigos do gênero de ação e que conseguu construir um filme excelente sobre a relação dos homens com a adrenalina da guerra, a proximidade da morte, sem politizar a tema do conflito no Iraque.
Sua premiação é mais o reconhecimento de seus méritos artísticos do que o fato de ser mulher. Festejar esta situaçao, coincidentemente no Dia da Mulher, pode carregar uma conotação machista, no sentido do deslumbramento provinciano. Assim como homens dirigem filmes sobre homens e mulheres, mulheres também criam filmes sobre ambos os sexos.
Pelo menos em algumas sociedades essa questão já parece estar bem resolvida.
Claro, pode-se argumentar, Bigelow não aborda o papel da mulher no mundo contemporâneo (pelo menos em nenhum de seus filmes até agora), como a iraniana Samira Makhmalbaf faz em uma sociedade repressora, ou como Mira Nair parte do melodrama para tratar da mulher dividida entre duas culturas, uma tradicional e outra moderna (Nome de Família), ou mesmo Jane Campion, ou ainda Ana Carolina, pra ficar num caso brasileiro.
Há muito que estas três cineastas vem contribuindo para iluminar algumas questões sobre o papel da mulher no mundo atual, com obras mais independentes. É um outro caminho, uma outra possibilidade.
Soltaram foguetes quando Kathryn Bigelow levou o Oscar de direção. Foi a primeira mulher a ganhar a categoria. Ela é uma cineasta talentosa, que domina os códigos do gênero de ação e que conseguu construir um filme excelente sobre a relação dos homens com a adrenalina da guerra, a proximidade da morte, sem politizar a tema do conflito no Iraque.
Sua premiação é mais o reconhecimento de seus méritos artísticos do que o fato de ser mulher. Festejar esta situaçao, coincidentemente no Dia da Mulher, pode carregar uma conotação machista, no sentido do deslumbramento provinciano. Assim como homens dirigem filmes sobre homens e mulheres, mulheres também criam filmes sobre ambos os sexos.
Pelo menos em algumas sociedades essa questão já parece estar bem resolvida.
Claro, pode-se argumentar, Bigelow não aborda o papel da mulher no mundo contemporâneo (pelo menos em nenhum de seus filmes até agora), como a iraniana Samira Makhmalbaf faz em uma sociedade repressora, ou como Mira Nair parte do melodrama para tratar da mulher dividida entre duas culturas, uma tradicional e outra moderna (Nome de Família), ou mesmo Jane Campion, ou ainda Ana Carolina, pra ficar num caso brasileiro.
Há muito que estas três cineastas vem contribuindo para iluminar algumas questões sobre o papel da mulher no mundo atual, com obras mais independentes. É um outro caminho, uma outra possibilidade.
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