domingo, 15 de fevereiro de 2009
Slumdog Milionaire é o simbolo da era Obama
Salvo surpresas de última hora, daquelas que só acontecem a cada passagem de cometa pela terra, o Oscar do próximo dia 22 vai aclamar SLUMDOG MILIONAIRE, que no Brasil se chamará Quem quer seu um Milionário?
Ninguém tira do filme de Danny Boyle o prêmio de Melhor Filme. Aliás, onde concorreu já ganhou tudo que podia e vai levar um monte de estatuetas para casa, desbancando até outro indicado, Benjamin Button (que particularmente me agrada mais).
O apelo do filme é inegável: um conto de fadas moderno, ascensão social com ajuda da sorte (ou do destino), um amor impossível, nenhum figurão no elenco, locações em favelas na Índia, uma trajetória condenada à miséria que se transforma pela sorte, o tom de denúncia contra as injustiças sociais.
Em tempos de mais tolerância e diálogo pregados pelo novo governo americano, com o presidente defendendo inclusive melhor distribuição de prosperidade e respeito às diferenças, nao poderia haver filme melhor para simbolizar a era Obama.
É a história de Jamal Malik, que ganha 20 milhoes de rúpias respondendo a perguntas no popular programa Quem quer ser um milionario? Sua infância miserável fugindo da polícia e dos radicais que odiavam sua religião, pequenos delitos nas ruas e a cruel indústria da mendincância.
Slumdog cria imagens chocantes ao revelar uma Índia distante dos guias de turismo oficiais, com exploração de menores, prostituição, tráfico de drogas, roubo de turistas, máfias e toda sorte de pequenas picaretagens para quem quer sobreviver.
Daí o tom de conto de fadas, que se manifesta na oportunidade que Jamal tem de responder as perguntas do programa, deixar a vida miserável e se aproximar de seu grande amor da juventude.
Para o público brasileiro a comparação com Cidade de Deus será inevitável: crianças que lutam para sobreviver num ambiente de violência e criminalidade.
Que nao se espere de Danny Boyle o ritmo impactante e criativo do ótimo e divertido Trainspotting.
Sua mao continua visível em Slumdog, sobretudo ao explorar a complexidade da cultura indiana atual em seus bastidores pouco conhecidos, como o submundo do crime e o poder da televisão. Mas agora está a serviço de um conto de fadas, o que fica bem claro no trecho após os créditos finais.
Ninguém tira do filme de Danny Boyle o prêmio de Melhor Filme. Aliás, onde concorreu já ganhou tudo que podia e vai levar um monte de estatuetas para casa, desbancando até outro indicado, Benjamin Button (que particularmente me agrada mais).
O apelo do filme é inegável: um conto de fadas moderno, ascensão social com ajuda da sorte (ou do destino), um amor impossível, nenhum figurão no elenco, locações em favelas na Índia, uma trajetória condenada à miséria que se transforma pela sorte, o tom de denúncia contra as injustiças sociais.
Em tempos de mais tolerância e diálogo pregados pelo novo governo americano, com o presidente defendendo inclusive melhor distribuição de prosperidade e respeito às diferenças, nao poderia haver filme melhor para simbolizar a era Obama.
É a história de Jamal Malik, que ganha 20 milhoes de rúpias respondendo a perguntas no popular programa Quem quer ser um milionario? Sua infância miserável fugindo da polícia e dos radicais que odiavam sua religião, pequenos delitos nas ruas e a cruel indústria da mendincância.
Slumdog cria imagens chocantes ao revelar uma Índia distante dos guias de turismo oficiais, com exploração de menores, prostituição, tráfico de drogas, roubo de turistas, máfias e toda sorte de pequenas picaretagens para quem quer sobreviver.
Daí o tom de conto de fadas, que se manifesta na oportunidade que Jamal tem de responder as perguntas do programa, deixar a vida miserável e se aproximar de seu grande amor da juventude.
Para o público brasileiro a comparação com Cidade de Deus será inevitável: crianças que lutam para sobreviver num ambiente de violência e criminalidade.
Que nao se espere de Danny Boyle o ritmo impactante e criativo do ótimo e divertido Trainspotting.
Sua mao continua visível em Slumdog, sobretudo ao explorar a complexidade da cultura indiana atual em seus bastidores pouco conhecidos, como o submundo do crime e o poder da televisão. Mas agora está a serviço de um conto de fadas, o que fica bem claro no trecho após os créditos finais.
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