domingo, 15 de fevereiro de 2009
Operação Valkíria esbarra em Tom Cruise
É uma baita história, daquelas que só de ouvir dá vontade de ler o livro ou ver o filme. Um plano para assassinar Hitler conduzido por altos oficias nazistas. Por pouco nao deu certo.
Mas OPERAÇÃO VALKÍRIA, o filme que Tom Cruise se empenhou em divulgar pessoalmente, inclsuive com farta distribuição de sorrisos e autógrafos no Rio dias atrás, é justamente o próprio Tom Cruise.
A produção hollywwodiana sobre o nazismo e os horrores do regime hitlerista é farta e maniqueísta: de um lado os americanos defensores da liberdade, de outro os nazistas cruéis, psicopatas e sádicos.
Pouco (nao lembro agora) se abordou sobre a resistência dentro da própria Alemanha. Me vem a mente o recente UMA MULHER CONTRA HITLER, da espetacular nova safra do cinema alemão, que tem brindado as telas com filmes maravilhosos como Edukators, Adeus Lênin, A Queda e A Vida dos Outros.
Um extra-terrestre aos qual fossem apresentados filmes americanos como fontes históricas sobre a segunda guerra concluiria que os Estados Unidos deveriam ter jogadas todas as bombas atômicas existentes nas cidades alemãs, dada a coesão do povo alemão em torno de Hitler.
Daí a importãncia da história real do coronel Claus Von Stauffenberg, que lidera um grupo de abnegados oficiais e civis dispostos a matar Hitler, libertar os prisioneiros dos campos de concentração e a acabar com a guerra. Li em algum lugar que o homem é considerado herói (com todos os méritos) em seu país.
O primeiro problema de Operação Valkíria é que ele deveria ser um filme alemão, escrito e dirigido por algum cineasta alemão e falado em alemão. E nao um veículo para uma atuação apagada de um astro de filmes de ação americanos.
Produção caríssima e caprichada, Operação Valkíria simplesmente se dilui nas cenas em que seu protagonista aparece. Tom Cruise como o Coronel Stauffenberg até que se esforça,mas nao consegue desaparecer no personagem (como Sean Peaen em Milk ou Frank Langella em Frost/Nixon).
Cercado por gente como o ótimo Tom Wilkinson e Kenneth Branagah, além de atores alemães que estiveram em A QUEDA (o ótimo filme sobre os últimos dias de Hitler em seu bunker) Tom Cruise fala inglês com sotaque americano, enquanto o resto do elenco exibe o inglês britãnico.
Qualquer figurante em cena consegue desviar a atenção dele, sem contar o fato do roteiro ter construído um personagem unidimensional, que nao apresenta motivações claras para seus propósitos, além do altruísmo muito superficial e nenhum conflito, nenhuma dúvida.
A direção de Bryan Singer, de Superman, cria um visual eficiente para a trama, preferindo conduzir o filme como um suspense de guerra, perdendo a chance de aprofundar mais o seu protagonista.
Há um filme com Tom Cruise que gosto: Magnólia, no qual ele foi muito bem conduzido e por um momento ele nao parece ser Tom Cruise brincando de ser ele mesmo.
Mas OPERAÇÃO VALKÍRIA, o filme que Tom Cruise se empenhou em divulgar pessoalmente, inclsuive com farta distribuição de sorrisos e autógrafos no Rio dias atrás, é justamente o próprio Tom Cruise.
A produção hollywwodiana sobre o nazismo e os horrores do regime hitlerista é farta e maniqueísta: de um lado os americanos defensores da liberdade, de outro os nazistas cruéis, psicopatas e sádicos.
Pouco (nao lembro agora) se abordou sobre a resistência dentro da própria Alemanha. Me vem a mente o recente UMA MULHER CONTRA HITLER, da espetacular nova safra do cinema alemão, que tem brindado as telas com filmes maravilhosos como Edukators, Adeus Lênin, A Queda e A Vida dos Outros.
Um extra-terrestre aos qual fossem apresentados filmes americanos como fontes históricas sobre a segunda guerra concluiria que os Estados Unidos deveriam ter jogadas todas as bombas atômicas existentes nas cidades alemãs, dada a coesão do povo alemão em torno de Hitler.
Daí a importãncia da história real do coronel Claus Von Stauffenberg, que lidera um grupo de abnegados oficiais e civis dispostos a matar Hitler, libertar os prisioneiros dos campos de concentração e a acabar com a guerra. Li em algum lugar que o homem é considerado herói (com todos os méritos) em seu país.
O primeiro problema de Operação Valkíria é que ele deveria ser um filme alemão, escrito e dirigido por algum cineasta alemão e falado em alemão. E nao um veículo para uma atuação apagada de um astro de filmes de ação americanos.
Produção caríssima e caprichada, Operação Valkíria simplesmente se dilui nas cenas em que seu protagonista aparece. Tom Cruise como o Coronel Stauffenberg até que se esforça,mas nao consegue desaparecer no personagem (como Sean Peaen em Milk ou Frank Langella em Frost/Nixon).
Cercado por gente como o ótimo Tom Wilkinson e Kenneth Branagah, além de atores alemães que estiveram em A QUEDA (o ótimo filme sobre os últimos dias de Hitler em seu bunker) Tom Cruise fala inglês com sotaque americano, enquanto o resto do elenco exibe o inglês britãnico.
Qualquer figurante em cena consegue desviar a atenção dele, sem contar o fato do roteiro ter construído um personagem unidimensional, que nao apresenta motivações claras para seus propósitos, além do altruísmo muito superficial e nenhum conflito, nenhuma dúvida.
A direção de Bryan Singer, de Superman, cria um visual eficiente para a trama, preferindo conduzir o filme como um suspense de guerra, perdendo a chance de aprofundar mais o seu protagonista.
Há um filme com Tom Cruise que gosto: Magnólia, no qual ele foi muito bem conduzido e por um momento ele nao parece ser Tom Cruise brincando de ser ele mesmo.
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