domingo, 15 de fevereiro de 2009
Oscar 2009 - minhas apostas
Feito o desabafo, aí vao minhas apostas para este ano.
FILME
Slumdog Milionaire e pronto. Há uma ínfima chance que seja desbancado por Benjamin Button, o que é pouco provável. O Leitor, Frost/Nixon e Milk estao fora do páreo.
DIRETOR
Talvez para compensar o maravilhoso trabalho de Davi Fincher em Benjamin Button, o sujeito acabe recebendo um troféu. Nao acredito, deve ficar mesmo com Danny Boyle por Slumdog
(aliás, repararam que pela primeira vez os cinco indicados a diretor assinam as cinco obras indicadas a filme?)
ATOR
Mickey Rourke por O Lutador. Eles adoram histórias de superação pessoal, como a retratada no filme e que ilustra a decadência do ex-astro de Nove e meia semanas (aquele horrososo videoclip em forma de filme dos anos 80). Sean Penn por Milk seria uma surpresa honesta.
ATRIZ
Nao vi O Casamento de Rachel, com Anne Hathaway que a crítica americana vem elogiano horrores. Meryl Streep já levou Oscars suficiente para dez vidas. Angelina Jolie nas maos do melhor diretor americano em atividade, Clint Eastwood, merecia.
ATOR COADJUVANTE
Falam em Heath Ledger pelo seu Coringa. Nao lembro de prêmios póstumos, mas tem um apelo interessante.
ATRIZ COADJUVANTE
Marcaria Marisa Thomei, por O Lutador, mas nao vi Doubt, que emplacou duas indicações.
ANIMAÇÃO
Se Wall-E nao levar, será uma das maiores injustiças da história. Mas o mundo e Oscar sao feitos de injustiças.
ROTEIRO ORIGINAL
Dos indicados, só vi Milk e Wall-E.
ROTEIRO ADAPTADO
Benjamin Button, pelo esforço em transpor o conto de Fitzgerald para o cinema.
TRILHA SONORA
Slumdog Milionaire tem temas e canções que fundem musica tradicional indiana com ritmos pop. Um espetáculo.
DIREÇÃO DE ARTE
Benjamin Button
FOTOGRAFIA
Button x Slumdog. Páreo duríssimo, ambos trabalhos sensíveis, cada um á sua maneira.
Nas outras categorias, os prêmios devem se dividir entre Slumdog e Benjamin Button.
FILME
Slumdog Milionaire e pronto. Há uma ínfima chance que seja desbancado por Benjamin Button, o que é pouco provável. O Leitor, Frost/Nixon e Milk estao fora do páreo.
DIRETOR
Talvez para compensar o maravilhoso trabalho de Davi Fincher em Benjamin Button, o sujeito acabe recebendo um troféu. Nao acredito, deve ficar mesmo com Danny Boyle por Slumdog
(aliás, repararam que pela primeira vez os cinco indicados a diretor assinam as cinco obras indicadas a filme?)
ATOR
Mickey Rourke por O Lutador. Eles adoram histórias de superação pessoal, como a retratada no filme e que ilustra a decadência do ex-astro de Nove e meia semanas (aquele horrososo videoclip em forma de filme dos anos 80). Sean Penn por Milk seria uma surpresa honesta.
ATRIZ
Nao vi O Casamento de Rachel, com Anne Hathaway que a crítica americana vem elogiano horrores. Meryl Streep já levou Oscars suficiente para dez vidas. Angelina Jolie nas maos do melhor diretor americano em atividade, Clint Eastwood, merecia.
ATOR COADJUVANTE
Falam em Heath Ledger pelo seu Coringa. Nao lembro de prêmios póstumos, mas tem um apelo interessante.
ATRIZ COADJUVANTE
Marcaria Marisa Thomei, por O Lutador, mas nao vi Doubt, que emplacou duas indicações.
ANIMAÇÃO
Se Wall-E nao levar, será uma das maiores injustiças da história. Mas o mundo e Oscar sao feitos de injustiças.
ROTEIRO ORIGINAL
Dos indicados, só vi Milk e Wall-E.
ROTEIRO ADAPTADO
Benjamin Button, pelo esforço em transpor o conto de Fitzgerald para o cinema.
TRILHA SONORA
Slumdog Milionaire tem temas e canções que fundem musica tradicional indiana com ritmos pop. Um espetáculo.
DIREÇÃO DE ARTE
Benjamin Button
FOTOGRAFIA
Button x Slumdog. Páreo duríssimo, ambos trabalhos sensíveis, cada um á sua maneira.
Nas outras categorias, os prêmios devem se dividir entre Slumdog e Benjamin Button.
Oscar ontem e hoje
Falem bem ou falem mal, mas quem curte cinema sempre acaba acompanhando o Oscar. É o prêmio do cinemão deles, com critérios discutíveis, mas que a cada ano, nesta época, empolga os cinéfilos de plantão.
Para filmes mais densos ou alternativos, temos Cannes, Veneza, Berlim, a Mostra de SP.
Nao posso deixar de lembrar que este mesmo prêmio já dado a obras-primas como
Aconteceu Naquela Noite
Do Mundo Nada se Leva
Rebecca (aliás, Hitchcok NUNCA GANHOU UM OSCAR DE DIREÇÃO, acreditem!!! E Ron Howard já levou um...)
Como era verde o meu vale
Farrapo Humano
A Malvada
A um Passo da Eternidade
Lawrence da Arábia
Perdidos na Noite
O Poderoso Chefão,
Os Imperdoáveis
Por que este saudosismo agora?
Tente comparar com os vencedores dos últimos anos:
Onde os Fracos nao tem vez
Crash
Chicago
Conduzindo Miss Daisy
Rain Man
Tudo bem, o mundo mudou, o cinema mudou, as pessoas mudaram e já nao vão ao cinema como antes.
Posso despertar a fúria de alguns, mas honestamente, nenhum destes últimos títulos chega aos pés de qualquer filme da lista acima. Sao filmes medianos, que nao justificam de forma alguma receber o maior prêmio da maior indústria de cinema do mundo. Mas vá entender...
Para filmes mais densos ou alternativos, temos Cannes, Veneza, Berlim, a Mostra de SP.
Nao posso deixar de lembrar que este mesmo prêmio já dado a obras-primas como
Aconteceu Naquela Noite
Do Mundo Nada se Leva
Rebecca (aliás, Hitchcok NUNCA GANHOU UM OSCAR DE DIREÇÃO, acreditem!!! E Ron Howard já levou um...)
Como era verde o meu vale
Farrapo Humano
A Malvada
A um Passo da Eternidade
Lawrence da Arábia
Perdidos na Noite
O Poderoso Chefão,
Os Imperdoáveis
Por que este saudosismo agora?
Tente comparar com os vencedores dos últimos anos:
Onde os Fracos nao tem vez
Crash
Chicago
Conduzindo Miss Daisy
Rain Man
Tudo bem, o mundo mudou, o cinema mudou, as pessoas mudaram e já nao vão ao cinema como antes.
Posso despertar a fúria de alguns, mas honestamente, nenhum destes últimos títulos chega aos pés de qualquer filme da lista acima. Sao filmes medianos, que nao justificam de forma alguma receber o maior prêmio da maior indústria de cinema do mundo. Mas vá entender...
Slumdog Milionaire é o simbolo da era Obama
Salvo surpresas de última hora, daquelas que só acontecem a cada passagem de cometa pela terra, o Oscar do próximo dia 22 vai aclamar SLUMDOG MILIONAIRE, que no Brasil se chamará Quem quer seu um Milionário?
Ninguém tira do filme de Danny Boyle o prêmio de Melhor Filme. Aliás, onde concorreu já ganhou tudo que podia e vai levar um monte de estatuetas para casa, desbancando até outro indicado, Benjamin Button (que particularmente me agrada mais).
O apelo do filme é inegável: um conto de fadas moderno, ascensão social com ajuda da sorte (ou do destino), um amor impossível, nenhum figurão no elenco, locações em favelas na Índia, uma trajetória condenada à miséria que se transforma pela sorte, o tom de denúncia contra as injustiças sociais.
Em tempos de mais tolerância e diálogo pregados pelo novo governo americano, com o presidente defendendo inclusive melhor distribuição de prosperidade e respeito às diferenças, nao poderia haver filme melhor para simbolizar a era Obama.
É a história de Jamal Malik, que ganha 20 milhoes de rúpias respondendo a perguntas no popular programa Quem quer ser um milionario? Sua infância miserável fugindo da polícia e dos radicais que odiavam sua religião, pequenos delitos nas ruas e a cruel indústria da mendincância.
Slumdog cria imagens chocantes ao revelar uma Índia distante dos guias de turismo oficiais, com exploração de menores, prostituição, tráfico de drogas, roubo de turistas, máfias e toda sorte de pequenas picaretagens para quem quer sobreviver.
Daí o tom de conto de fadas, que se manifesta na oportunidade que Jamal tem de responder as perguntas do programa, deixar a vida miserável e se aproximar de seu grande amor da juventude.
Para o público brasileiro a comparação com Cidade de Deus será inevitável: crianças que lutam para sobreviver num ambiente de violência e criminalidade.
Que nao se espere de Danny Boyle o ritmo impactante e criativo do ótimo e divertido Trainspotting.
Sua mao continua visível em Slumdog, sobretudo ao explorar a complexidade da cultura indiana atual em seus bastidores pouco conhecidos, como o submundo do crime e o poder da televisão. Mas agora está a serviço de um conto de fadas, o que fica bem claro no trecho após os créditos finais.
Ninguém tira do filme de Danny Boyle o prêmio de Melhor Filme. Aliás, onde concorreu já ganhou tudo que podia e vai levar um monte de estatuetas para casa, desbancando até outro indicado, Benjamin Button (que particularmente me agrada mais).
O apelo do filme é inegável: um conto de fadas moderno, ascensão social com ajuda da sorte (ou do destino), um amor impossível, nenhum figurão no elenco, locações em favelas na Índia, uma trajetória condenada à miséria que se transforma pela sorte, o tom de denúncia contra as injustiças sociais.
Em tempos de mais tolerância e diálogo pregados pelo novo governo americano, com o presidente defendendo inclusive melhor distribuição de prosperidade e respeito às diferenças, nao poderia haver filme melhor para simbolizar a era Obama.
É a história de Jamal Malik, que ganha 20 milhoes de rúpias respondendo a perguntas no popular programa Quem quer ser um milionario? Sua infância miserável fugindo da polícia e dos radicais que odiavam sua religião, pequenos delitos nas ruas e a cruel indústria da mendincância.
Slumdog cria imagens chocantes ao revelar uma Índia distante dos guias de turismo oficiais, com exploração de menores, prostituição, tráfico de drogas, roubo de turistas, máfias e toda sorte de pequenas picaretagens para quem quer sobreviver.
Daí o tom de conto de fadas, que se manifesta na oportunidade que Jamal tem de responder as perguntas do programa, deixar a vida miserável e se aproximar de seu grande amor da juventude.
Para o público brasileiro a comparação com Cidade de Deus será inevitável: crianças que lutam para sobreviver num ambiente de violência e criminalidade.
Que nao se espere de Danny Boyle o ritmo impactante e criativo do ótimo e divertido Trainspotting.
Sua mao continua visível em Slumdog, sobretudo ao explorar a complexidade da cultura indiana atual em seus bastidores pouco conhecidos, como o submundo do crime e o poder da televisão. Mas agora está a serviço de um conto de fadas, o que fica bem claro no trecho após os créditos finais.
Operação Valkíria esbarra em Tom Cruise
É uma baita história, daquelas que só de ouvir dá vontade de ler o livro ou ver o filme. Um plano para assassinar Hitler conduzido por altos oficias nazistas. Por pouco nao deu certo.
Mas OPERAÇÃO VALKÍRIA, o filme que Tom Cruise se empenhou em divulgar pessoalmente, inclsuive com farta distribuição de sorrisos e autógrafos no Rio dias atrás, é justamente o próprio Tom Cruise.
A produção hollywwodiana sobre o nazismo e os horrores do regime hitlerista é farta e maniqueísta: de um lado os americanos defensores da liberdade, de outro os nazistas cruéis, psicopatas e sádicos.
Pouco (nao lembro agora) se abordou sobre a resistência dentro da própria Alemanha. Me vem a mente o recente UMA MULHER CONTRA HITLER, da espetacular nova safra do cinema alemão, que tem brindado as telas com filmes maravilhosos como Edukators, Adeus Lênin, A Queda e A Vida dos Outros.
Um extra-terrestre aos qual fossem apresentados filmes americanos como fontes históricas sobre a segunda guerra concluiria que os Estados Unidos deveriam ter jogadas todas as bombas atômicas existentes nas cidades alemãs, dada a coesão do povo alemão em torno de Hitler.
Daí a importãncia da história real do coronel Claus Von Stauffenberg, que lidera um grupo de abnegados oficiais e civis dispostos a matar Hitler, libertar os prisioneiros dos campos de concentração e a acabar com a guerra. Li em algum lugar que o homem é considerado herói (com todos os méritos) em seu país.
O primeiro problema de Operação Valkíria é que ele deveria ser um filme alemão, escrito e dirigido por algum cineasta alemão e falado em alemão. E nao um veículo para uma atuação apagada de um astro de filmes de ação americanos.
Produção caríssima e caprichada, Operação Valkíria simplesmente se dilui nas cenas em que seu protagonista aparece. Tom Cruise como o Coronel Stauffenberg até que se esforça,mas nao consegue desaparecer no personagem (como Sean Peaen em Milk ou Frank Langella em Frost/Nixon).
Cercado por gente como o ótimo Tom Wilkinson e Kenneth Branagah, além de atores alemães que estiveram em A QUEDA (o ótimo filme sobre os últimos dias de Hitler em seu bunker) Tom Cruise fala inglês com sotaque americano, enquanto o resto do elenco exibe o inglês britãnico.
Qualquer figurante em cena consegue desviar a atenção dele, sem contar o fato do roteiro ter construído um personagem unidimensional, que nao apresenta motivações claras para seus propósitos, além do altruísmo muito superficial e nenhum conflito, nenhuma dúvida.
A direção de Bryan Singer, de Superman, cria um visual eficiente para a trama, preferindo conduzir o filme como um suspense de guerra, perdendo a chance de aprofundar mais o seu protagonista.
Há um filme com Tom Cruise que gosto: Magnólia, no qual ele foi muito bem conduzido e por um momento ele nao parece ser Tom Cruise brincando de ser ele mesmo.
Mas OPERAÇÃO VALKÍRIA, o filme que Tom Cruise se empenhou em divulgar pessoalmente, inclsuive com farta distribuição de sorrisos e autógrafos no Rio dias atrás, é justamente o próprio Tom Cruise.
A produção hollywwodiana sobre o nazismo e os horrores do regime hitlerista é farta e maniqueísta: de um lado os americanos defensores da liberdade, de outro os nazistas cruéis, psicopatas e sádicos.
Pouco (nao lembro agora) se abordou sobre a resistência dentro da própria Alemanha. Me vem a mente o recente UMA MULHER CONTRA HITLER, da espetacular nova safra do cinema alemão, que tem brindado as telas com filmes maravilhosos como Edukators, Adeus Lênin, A Queda e A Vida dos Outros.
Um extra-terrestre aos qual fossem apresentados filmes americanos como fontes históricas sobre a segunda guerra concluiria que os Estados Unidos deveriam ter jogadas todas as bombas atômicas existentes nas cidades alemãs, dada a coesão do povo alemão em torno de Hitler.
Daí a importãncia da história real do coronel Claus Von Stauffenberg, que lidera um grupo de abnegados oficiais e civis dispostos a matar Hitler, libertar os prisioneiros dos campos de concentração e a acabar com a guerra. Li em algum lugar que o homem é considerado herói (com todos os méritos) em seu país.
O primeiro problema de Operação Valkíria é que ele deveria ser um filme alemão, escrito e dirigido por algum cineasta alemão e falado em alemão. E nao um veículo para uma atuação apagada de um astro de filmes de ação americanos.
Produção caríssima e caprichada, Operação Valkíria simplesmente se dilui nas cenas em que seu protagonista aparece. Tom Cruise como o Coronel Stauffenberg até que se esforça,mas nao consegue desaparecer no personagem (como Sean Peaen em Milk ou Frank Langella em Frost/Nixon).
Cercado por gente como o ótimo Tom Wilkinson e Kenneth Branagah, além de atores alemães que estiveram em A QUEDA (o ótimo filme sobre os últimos dias de Hitler em seu bunker) Tom Cruise fala inglês com sotaque americano, enquanto o resto do elenco exibe o inglês britãnico.
Qualquer figurante em cena consegue desviar a atenção dele, sem contar o fato do roteiro ter construído um personagem unidimensional, que nao apresenta motivações claras para seus propósitos, além do altruísmo muito superficial e nenhum conflito, nenhuma dúvida.
A direção de Bryan Singer, de Superman, cria um visual eficiente para a trama, preferindo conduzir o filme como um suspense de guerra, perdendo a chance de aprofundar mais o seu protagonista.
Há um filme com Tom Cruise que gosto: Magnólia, no qual ele foi muito bem conduzido e por um momento ele nao parece ser Tom Cruise brincando de ser ele mesmo.
Frost/Nixon revela bastidores do poder e da mídia
Em 1977, com a popularidade em baixa e a auto-estima ainda mais baixa após ser escorraçado da Casa Branca por conta do escândalo Watergate, o ex-presidente americano Richard Nixon decide conceder uma série de entrevistas ao apresentador britãnico de programas de auditório David Frost.
Os encontros entre entrevistador e entrevistado inspiraram o dramaturgo e roteirista Peter Morgan ( de O Último Rei da Escócia e A Rainha) a escrever a peça FROST/NIXON, que revela os bastidores das entrevistas.
A peça, adaptada para as telas pelo próprio Morgan, é o filme homônimo dirigido por Ron Howard.
Morgan tem um tema e estilo claros: pesquisa personagens históricos à exaustão e depois cria em cima dos fatos.
Ron Howard, ainda que alguns defendem algum traço de autoria em sua obra (Cocoon, O Jornal, Uma Mente Brilhante, A Luta Pela Esperança e o sofrível Código Da Vinci) é o tipo de diretor funcional, mediano, pouco inspirado, certinho.
Do encontro entre o roteirista mais aclamado no momento e um diretor , digamos, nao mais que habilidoso, resulta FROST/NIXON.
O filme trata dos bastidores do poder, do papel da televisão na orientação de mentes e corações e do confronto (velado, destaque-se) entre dois homens que pareciam apostar nestas entrevistas a maior batalha de suas vidas.
De um lado, um Frost que conduzia shows de amenidades em busca de prestígio no meio jornalístico. Esperto, foi o primeiro homem de TV a sacar que uma entrevista com Nixon renderia um dinheirão em cotas de patrocínio. Galanteador, sorridente, boa pinta, ele precisa rodar o pires para bancar a transmissão das entrevistas, recusadas pelas grandes emissoras americanas.
Do outro um Nixon recolhido á sua mansão à beira-mar e vivendo de contar piadas em congressos de Odontologia. Nixon (Frank Langella, excelente, indicado ao oscar de ator) é retratado na típica solidão do poder, lembrando de encontros históricos com líderes de outros países, mas dinheirista que é diabo. Que saber quanto lhe renderá a publicação de suas memórias e quanto vai ganhar pela entrevista a Frost.
Como qualquer filme de Ron Howard, FROST/NIXON é certinho, bem feitinho, tem lá seus momentos inspirados, como o telefonema em que Nixon, bêbado, promete acabar com Frost na última entrevista - justamente aquele em que o ex-presidente deixa cair a máscara e se arrepende dos pecados no exercício do poder.
Dá para ver o filme como um mergulho no universo privado de um dos homens mais odiados nos anos 70 e como este mesmo homem tenta manipular um sujeito nao muito brilhante, mas que revela-se um tigre faminto ao estraçalhar Nixon em seu território, diante das câmeras de TV.
Alguns críticos traçaram paralelos entre o Nixon do filme e Bush. Ainda que Bush tenha obtido a proeza e deixar o poder mais odiado ainda que Nixon, nao consigo ver um grande apelo para este filme fora dos Estados Unidos.
Lembro do Nixon de Oliver Stone, com Anthony Hopkins, um filme que vai muito mais a fundo na figura do ex-presidente que se julgava incompreendido pelo seu povo. Mas de um filme de Ron Howard nao se pode esperar muito.
Os encontros entre entrevistador e entrevistado inspiraram o dramaturgo e roteirista Peter Morgan ( de O Último Rei da Escócia e A Rainha) a escrever a peça FROST/NIXON, que revela os bastidores das entrevistas.
A peça, adaptada para as telas pelo próprio Morgan, é o filme homônimo dirigido por Ron Howard.
Morgan tem um tema e estilo claros: pesquisa personagens históricos à exaustão e depois cria em cima dos fatos.
Ron Howard, ainda que alguns defendem algum traço de autoria em sua obra (Cocoon, O Jornal, Uma Mente Brilhante, A Luta Pela Esperança e o sofrível Código Da Vinci) é o tipo de diretor funcional, mediano, pouco inspirado, certinho.
Do encontro entre o roteirista mais aclamado no momento e um diretor , digamos, nao mais que habilidoso, resulta FROST/NIXON.
O filme trata dos bastidores do poder, do papel da televisão na orientação de mentes e corações e do confronto (velado, destaque-se) entre dois homens que pareciam apostar nestas entrevistas a maior batalha de suas vidas.
De um lado, um Frost que conduzia shows de amenidades em busca de prestígio no meio jornalístico. Esperto, foi o primeiro homem de TV a sacar que uma entrevista com Nixon renderia um dinheirão em cotas de patrocínio. Galanteador, sorridente, boa pinta, ele precisa rodar o pires para bancar a transmissão das entrevistas, recusadas pelas grandes emissoras americanas.
Do outro um Nixon recolhido á sua mansão à beira-mar e vivendo de contar piadas em congressos de Odontologia. Nixon (Frank Langella, excelente, indicado ao oscar de ator) é retratado na típica solidão do poder, lembrando de encontros históricos com líderes de outros países, mas dinheirista que é diabo. Que saber quanto lhe renderá a publicação de suas memórias e quanto vai ganhar pela entrevista a Frost.
Como qualquer filme de Ron Howard, FROST/NIXON é certinho, bem feitinho, tem lá seus momentos inspirados, como o telefonema em que Nixon, bêbado, promete acabar com Frost na última entrevista - justamente aquele em que o ex-presidente deixa cair a máscara e se arrepende dos pecados no exercício do poder.
Dá para ver o filme como um mergulho no universo privado de um dos homens mais odiados nos anos 70 e como este mesmo homem tenta manipular um sujeito nao muito brilhante, mas que revela-se um tigre faminto ao estraçalhar Nixon em seu território, diante das câmeras de TV.
Alguns críticos traçaram paralelos entre o Nixon do filme e Bush. Ainda que Bush tenha obtido a proeza e deixar o poder mais odiado ainda que Nixon, nao consigo ver um grande apelo para este filme fora dos Estados Unidos.
Lembro do Nixon de Oliver Stone, com Anthony Hopkins, um filme que vai muito mais a fundo na figura do ex-presidente que se julgava incompreendido pelo seu povo. Mas de um filme de Ron Howard nao se pode esperar muito.
MILK é brilhante como retrato, mas perde força em seu desenvolvimento
Nao sou o maior especialista do mundo em Gus Van Sant, mas gosto muito de Drugstore Cowboy, aquele com Matt Dillon e com uma pontinha do poeta beatnik Allen Ginsberg, sobre jovens que assaltam farmácias e hospitais para se drogarem.
É um trabalho bonito, honesto, sensível, equilibrado, que nao aponta em momento algum o dedo acusador para seus tipos outsiders, optando com extrair desta trajetória auto-destrutiva alguma percepção maior sobre o papel que estes personagens poderiam ocupar numa sociedade que tenta imprimir padrões próprios e fechados de felicidade.
Também gosto do tom documental e seco com que ele construiu Elefante, sobre o massacre de Columbine. Se Michael Moore explora o fato em si, a Van Sant interessou mais contextualizar o universo em que os jovens envolvidos no massacre viviam e usar esta contextualização como reflexão sobre a a violência no mundo contemporâneo.
Sobre o remake de Psicose, nada a declarar. Foi um escorregão feio que merece ser esquecido.
O mais recente filme de Van Sant é MILK, que deve chegar logo por aqui. Aborda a trajetória pessoal e política de Harvey Milk, primeiro homosexxual confesso a ser eleito supervisor (cargo equivalente ao de vereador) na São Francisco dos anos 70.
Empresário de visão, que já sabia muito bem o potencial do mercado gay, Milk acreditava que as discriminações contra homossexuais exigiriam mais que passeatas e beijos desafiadores em público. Exigiriam participação ativa na política.
Após uma série de derrotas, Milk é eleito e finalmente tem nas mãos o poder de votar leis contra a homofobia, em um ambiente dominado por políticos conservadores e preconceituosos.
O filme equilibra bem a vida pessoal de Milk e como sua militância política exigiu um alto e trágico preço. Imagens de passeatas e violência policial contextualizam o clima da época.
A câmera na mao, a montagem permeada com cortes rápidos e secos, dá um ritmo alucinante e colorido à narrativa. mais que isso, temos a nítida impressão de ver imagens puras, captadas no calor da hora por um câmera amador que presencia os acontecimentos de perto.
O Milk de Sean Penn é impecável no tom de voz aos gestos e seria uma tristeza se não fosse reconhecido pela Academia na cerimônia do próximo dia 22.
A partir do momento em que obtém o cargo público, o filme se extende demais em discussões sobre conchavos, acertos e acordos. Aquele colorido inicial, na trama e na forma, são engolidos por uma linearidade fria e convencional.
Milk é bacana porque resiste à tentação de ser o panfleto de uma causa. Prefere observar as nuances em torno da luta contra a discriminação e nesta observação está seu mérito maior - além de Sean Penn. Mas carece, sobretudo da metade em diante, de uma alma, tornando-se assim um filme bem conduzido, mas de apelo restrito ao mercado americano.
Um detalhe é que a crítica americana em peso amou o filme.
O que Brokeback Mountain tinha de universal em sua condução honesta do relacionamento impossível entre dois homens falta a MILK. É um grande retrato do ativismo gay americano na década de 70, mas isso em si nao entusisma.
É um trabalho bonito, honesto, sensível, equilibrado, que nao aponta em momento algum o dedo acusador para seus tipos outsiders, optando com extrair desta trajetória auto-destrutiva alguma percepção maior sobre o papel que estes personagens poderiam ocupar numa sociedade que tenta imprimir padrões próprios e fechados de felicidade.
Também gosto do tom documental e seco com que ele construiu Elefante, sobre o massacre de Columbine. Se Michael Moore explora o fato em si, a Van Sant interessou mais contextualizar o universo em que os jovens envolvidos no massacre viviam e usar esta contextualização como reflexão sobre a a violência no mundo contemporâneo.
Sobre o remake de Psicose, nada a declarar. Foi um escorregão feio que merece ser esquecido.
O mais recente filme de Van Sant é MILK, que deve chegar logo por aqui. Aborda a trajetória pessoal e política de Harvey Milk, primeiro homosexxual confesso a ser eleito supervisor (cargo equivalente ao de vereador) na São Francisco dos anos 70.
Empresário de visão, que já sabia muito bem o potencial do mercado gay, Milk acreditava que as discriminações contra homossexuais exigiriam mais que passeatas e beijos desafiadores em público. Exigiriam participação ativa na política.
Após uma série de derrotas, Milk é eleito e finalmente tem nas mãos o poder de votar leis contra a homofobia, em um ambiente dominado por políticos conservadores e preconceituosos.
O filme equilibra bem a vida pessoal de Milk e como sua militância política exigiu um alto e trágico preço. Imagens de passeatas e violência policial contextualizam o clima da época.
A câmera na mao, a montagem permeada com cortes rápidos e secos, dá um ritmo alucinante e colorido à narrativa. mais que isso, temos a nítida impressão de ver imagens puras, captadas no calor da hora por um câmera amador que presencia os acontecimentos de perto.
O Milk de Sean Penn é impecável no tom de voz aos gestos e seria uma tristeza se não fosse reconhecido pela Academia na cerimônia do próximo dia 22.
A partir do momento em que obtém o cargo público, o filme se extende demais em discussões sobre conchavos, acertos e acordos. Aquele colorido inicial, na trama e na forma, são engolidos por uma linearidade fria e convencional.
Milk é bacana porque resiste à tentação de ser o panfleto de uma causa. Prefere observar as nuances em torno da luta contra a discriminação e nesta observação está seu mérito maior - além de Sean Penn. Mas carece, sobretudo da metade em diante, de uma alma, tornando-se assim um filme bem conduzido, mas de apelo restrito ao mercado americano.
Um detalhe é que a crítica americana em peso amou o filme.
O que Brokeback Mountain tinha de universal em sua condução honesta do relacionamento impossível entre dois homens falta a MILK. É um grande retrato do ativismo gay americano na década de 70, mas isso em si nao entusisma.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
O Leitor funde diversos filmes em um
O Leitor é uma produção que pode ser apreciada como três filmes distintos. Um filme desenvolve o romance entre a mulher madura, na casa dos trinta e o adolescente que é iniciado sexualmente iniciado por ela. O outro explora a responsabilidade dos protagonistas do Holocausto nos campos de concentração na Segunda Guerra. Até aí nada de novo, sobretudo para a produção holywoodiana. O terceiro filme é o mais empolgante e emocionante: o poder transformador da palavra, da leitura e dos livros. Cruzar estas três linhas com equilíbrio e sutileza foi a tarefa – nada fácil – do roteirista David Hare, que partiu do romance homônimo de Bernhard Schilink (agora relançado por aqui) e do diretor Stephen Daldry (do ótimo As Horas).
O trabalho da dupla saiu redondo, mas o brilhantismo mesmo sobrou para a parte final do filme, sobre a qual não é recomendável se alongar muito, sob pena de revelar um segredo essencial para a trama. Berlim, 1958. O jovem Michael (David Kross), de 15 anos, se apaixona pela sisuda e solitária Hanna (Kate Winslet), uma cobradora de bonde. Entre muito sexo e doses de carinho maternal, ele passa tardes lendo livros para ela, que se encanta com as histórias de Homero, Theckov e Dóris Lessing.
Um dia, Hanna simplesmente some. Anos depois, já estudante de Direito, Michael vai com o professor Rohl (Bruno Ganz, que interpretou Hitler em A Queda) acompanhar o julgamento de ex-oficiais da SS por crimes cometidos durante a Guerra.
Da platéia, Michael ouve acusações terríveis contra sua ex-amante. Ela é acusada de ser responsável pela morte de 300 detentas judias, queimadas vivas em um incêndio. Questionada sobre sua responsabilidade no ato, Hanna se limita a afirmar. "Nós simplesmente não podíamos deixá-las sair, pois elas iam escapar".
O longo julgamento leva Michael a um grande dilema moral. Ele é a única pessoa que pode inocentar Hanna. O filme então questiona o conceito de omissão, partindo para reflexões morais. A covardia de Michael não seria a mesma da mulher que cumpria ordens nos campos de concentração?
Em sua fase adulta Michael é interpretado por um silencioso e distante Ralph Fiennes (que já foi o psicopata nazista em A Lista de Schindler), um homem que fracassou em seu casamento, que se mantém distante da família e da única filha e que vive relacionamentos instáveis com estranhas. Sinal de que a relação com Hanna deixou profundas cicatrizes em sua vida.
Iniciação sexual com mulher mais madura não chega a ser um tema original, bem como as conseqüências do Holocausto. Estes dois filmes em si não chegam a empolgar. O Leitor deslancha quando aborda o maravilhoso universo dos livros, dos personagens imaginários e suas aventuras em terras distantes, expressas em palavras que salvam toda uma existência de seus pecados do passado. Contar mais seria comprometedor. Melhor assistir ao filme nos cinemas.
Para além das referências simbólicas do seu elenco, com atores que já encarnaram tipos nazistas, vale destacar a presença de Kate Winslet. Há casos em que o tempo só faz bem às pessoas. Descolada da namoradinha de Titanic, ela encarna uma mulher que carrega um segredo terrível em sua vida.Em todas as cenas em que aparece, sente-se que há um peso sobre suas costas. Seca, direta, esquentada, distante no início. Depois, serena, suave e mais leve, como se conformada com o destino. Já levou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e deve levar o Oscar.
(publicado origanlamente no portal Bem Paraná e Jornal do Estado de 11.02.09)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Contra os maus tratos aos animais
Muito criativos os vídeos que a PETA (People for Ethical Treatment of Animals) fez para divulgar ao consumidor americano o que está por trás da indústria da carne.
Sâo divertidos e apelam para os bons sentimentos do consumidor consciente.
A escolha é de cada um
Assista aos vídeos no Youtube
Sâo divertidos e apelam para os bons sentimentos do consumidor consciente.
A escolha é de cada um
Assista aos vídeos no Youtube
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Porque o Merten preferiu Baz Luhrman ao Krubrick?
Todos que leram o livro CINEMA - ENTRE A REALIDADE E O ARTIFÍCIO, do crítico Luiz Carlos Merten, do Estadão, sempre se perguntavam porque um sujeito como o Merten deixaria de fora Bergman e Kubrick entre os capítulos da obra, dedicando assim um capítulo inteiro da oba a Baz Lurhman, diretor de Moulin Rouge, Romeu + Juliet e do recente Austrália.
Para quem nao sabe, o livro é uma excelente introdução ao estudo de grandes cineastas e movimentos que marcaram a história do Cinema. Vai de Griffith a Hitchcok, passando por mestres como John Ford, Kieslowski e momentos -chave como Neo-Realismo e NOuvelle Vague.
Tudo escrito por um cinéfilo e crítico apaixonado, que tem a rara habilidade de pisar dos lados , o da crítica, com insights precisos e originais sobre os filmes, diretores e suas temáticas, e o cinéfilo enciclopédico, que associa datas, fatos, inqueitações dos cineastas.
No entanto, nesta versao mais recente, de 2004, acho, nenhum capítulo para Bergman ou Kubrick.
Outro dia postei no blog do Merten, sem esperar que ele fosse responder.
Para minha supresa, ele me respondeu.
Abaixo a justificativa para ausência de Kubrick do livro
http://blog.estadao.com.br/blog/merten/?title=eu_ignorar_kubrick&more=1&c=1&tb=1&pb=1#comments
S eu fosse você 2 - oito possíves motivos para o sucesso
Interessante observar o trecho do documento abaixo, de Viany, e pensar no desempenho espetacular de SE EU FOSSE VOCÊ 2.
Cinco semanas liderando as bilheterias e já passou dos 4 milhões de ingressos vendidos. Está muito próximo de superar os 5,2 milhoes de DOIS FILHOS DE FRANCISCO, marco do período pós-retomada.
Está inclusive à frente de produções de peso como Benjamin Button, Austrália e Sim, Senhor, que contam com ampla divulgação.
Nao vi o filme ainda, entao prefiro nao me manifestar. Mas de cara dá para raciocinar em cima de alguns elementos.
1 - Continuações, um filão pouco explorado pelo cinema nacional. Se o 1 deu certo, invista-se no 2 sem perder muito tempo. É dar mais do mesmo e pronto.
2 - O carisma do casal central, Gloria Pires- Tony Ramos. Ajuda barbaridade.
3- O dedo de Daniel Filho. Outro dia vi uma estatística, não lembro onde, que ele, sozinho, tem quase metade - ou um pouco menos - das bilheterias acima de 1 milhao entre os filmes nacionais recentes (como diretor ou produtor). O homem tem faro para o que as pessoas querem ver e é rápido em criar, produzir e por um filme nas telas.
4 - A inversão de papéis que é uma marca da vida moderna. Com a crise financeira entao, muitos maridos estão quietinhos em casa cuidando da rotina familiar e as esposas é que estao segurando as contas. E tem também a própria idéia de se projetar na pele do outro, um fetiche que só o cinema proporciona.
5 - Assinatura Globo Filmes, o que garante boa cobertura de mídia.
6 - Época de lançamento, férias, mais tempo livre.
7 - Gênero comédia para todas as idades, o que permite levar a familia toda ao cinema.
8 - Aborda o universo, valores, situações, lugares, trabalho, conflitos, diversões, dúvidas da classe média, que é quem vai ao cinema e é pouquíssimo representada no cinema nacional. É pura identificação, quem paga o ingresso pode se ver no filme.
É um conjunto de fatores que pode explicar o êxito do filme. Veja bem, pode. Certamente há outros que nao me ocorrem agora e mesmo estes sao apenas chutes.
De qualquer forma, o caso deste filme deveria ser estudado mais a fundo por quem faz e pesquisa cinema no Brasil e por quem produz e cria mecanismos de financimento.
Nao sei ao certo, mas acredito que o filme já deve ter pago seus custos de produção. O que é raríssimo por aqui.
Acervo de Alex Viany está na web
"O cinema brasileiro só tem um caminho a seguir: o das produções baratas que usem temas legitimamente brasileiros, a fim de que se possa conquistar nosso mercado, agora dominado pela produções estrangeiras".
O trecho consta em uma página surrada dos idos de mil novecentos e alguma coisa. São do monumental cervo do crítico, cineasta e pesquisador carioca Alex Viany, que acaba de desembarcar na web.
É uma ótima notícia para os cinéfilos e pesquisadores, que agora terão acesso a cerca de 1800 itens datilografados por Alex, entre críticas, reportagens e entrevistas.
O projeto de recuperação do acervo foi conduzdio pela filha de Alex, Betina.
O site é www.alexviany.com.br.
Como nao temos memória de quase nada no Brasil, sobretudo memória de nossa história audiovisual, a iniciativa merece todos os elogios.
O trecho consta em uma página surrada dos idos de mil novecentos e alguma coisa. São do monumental cervo do crítico, cineasta e pesquisador carioca Alex Viany, que acaba de desembarcar na web.
É uma ótima notícia para os cinéfilos e pesquisadores, que agora terão acesso a cerca de 1800 itens datilografados por Alex, entre críticas, reportagens e entrevistas.
O projeto de recuperação do acervo foi conduzdio pela filha de Alex, Betina.
O site é www.alexviany.com.br.
Como nao temos memória de quase nada no Brasil, sobretudo memória de nossa história audiovisual, a iniciativa merece todos os elogios.
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