terça-feira, 7 de abril de 2009

Gran Torino : longa vida a Clint Eastwood

Sou muito suspeito para falar de Clint Eastwood. Alguns vão me apedrejar pelo que escrevo agora, mas em minha humilde opinião, ele é simplesmente o maior diretor americano em atividade. Do cinema clássico, lembro. Sua obra é herdeira à altura do legado de mestres como John Ford, Howard Haws, John Huston, Don Siegel, Sergio Leone. gente que sabia contar uma história sem frescuras e sem enfeites tecnológicos - o que parece a tendência clara da produção atual, sobretudo a o do cinemão.
Adorei Gran Torino. O grande tema da oba de Clint está lá: pais e filhos. O velho conservador, rabugento e solitário que se redime de sua paternidade falha ao adotar um jovem vizinho oriental. A necessidade de afeto familiar, ainda que por vias indiretas e não biológicas.
O velho Kowalski do filme é uma referência a outro personagem célebre imortalizado por CE: Harry Calahan, o Dirty Harry, que combatia a criminalidade eliminando a bandidagem sem dó. Só que o mundo mudou e Clint sabe disso. Daí que seu Kowalski não pode mais sair por aí resolvendo conflitos de gangues de orientais na bala. Nesta aceitação e no que ela traz de auto-sacrifício está a beleza do filme.

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