Em 2007 os filmes nacionais tiveram 8,7 milhões de espectadores no Brasil, o que corresponde a cerca de 10% do total do público. A informação, da Nielsen EDI, foi apresentada nesta terça-feira, durante painel do Fiicav, em São Paulo.
Além da Nielsen, Globo Filmes e o Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro apresentaram pesquisas semelhantes entre si sobre o mercado de cinema. Embora alguns números tenham sido conflitantes, como o que se refere à preferência ou não por filmes nacionais, o que ambas mostraram é que 52% do público pesquisado não tem o hábito de ir ao cinema. Esses 52% são aqueles que sequer são potenciais consumidores desse tipo de lazer.
As pesquisas qualitativa e quantitativa do Datafolha feitas para a Glob o Filmes no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 2006 e 2007, apontaram que esse público não vai ao cinema porque o hábito não foi passado dos pais para os filhos.
Em relação à percepção do cinema nacional e do estrangeiro, a pesquisa da Globo Filmes apontou que o cinema, de um modo geral, está associado ao entretenimento, e que os filmes estrangeiros são ligados ao sonho, à fantasia, ao clima de descontração. Já os nacionais estão mais associados ao mundo da dura realidade, pobreza, sofrimento e temáticas sociais. "Para ampliar o mercado, seria necessário aproximar-se um pouco mais da expectativa que o público potencial tem de lazer e entretenimento"
A pesquisa encomendada ao Datafolha pelo sindicato, realizada em dez mercados, mostrou que a avaliação do filme nacional é boa para 58% do total de entrevistados. É curioso o dado que diz respeito ao motivo pelo qual o espectador acha os filmes nacionais bons: 56% do público freqüentador fez referência ao tema abordado. Quando a pergunta é "por que os filmes são ruins ou péssimos?", a resposta foi a mesma: 80% dos freqüentadores de cinema fizeram referência ao tema abordado.
Em ambas as pesquisas, o gênero aventura e ação foram os preferidos, seguidos de comédia.
Classe C
Enquanto profissionais de diversas indústrias perguntam-se como chegar à classe C, o cinema já faz parte do entretenimento dessa fatia da população. Foi o que mostrou a pesquisa da Globo Filmes, que apontou que 44% do público de cinema é da classe B, 37% é da classe C, e outros 38% de potenciais consumidores são da classe B e 44% da C.
A pesquisa do sindicato mostrou que 56% do total do público de cinema é da classe C. Entre os potenciais consumidores, são 69% da classe C.
(post anterior sobre mesmo assunto)
(Fonte TELA VIVA News)
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